24de Abril,2024

Geopt.org - Portugal Geocaching and Adventure Portal

pedro silva

pedro silva

Monday, 02 November 2015 09:00

Geocoin #005: Love Love Geocoin

 

Cidade de Espinho

Espinho é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Aveiro, à Região Norte e à Área Metropolitana do Porto, com 9 832 habitantes no seu perímetro urbano (2011).

É sede de um pequeno município urbano, com 21,06 km² de área e 31 786 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias.  O município é limitado a norte pelo município de Vila Nova de Gaia, a leste por Santa Maria da Feira, a sul por Ovar e a oeste pelo Oceano Atlântico.

 

História

Já em tempos do domínio romano na região existia um castro, o chamado Castro de Ovil, povoação referenciada pela primeira vez num documento de 1013, que assentava numa pequena colina de forma circular rodeada por um fosso a Norte e Nascente e por uma ribeira a Sul e Poente, que atualmente se encontra na Freguesia de Paramos.

Há cerca de 200 anos a zona de Espinho começou a ser utilizada para a pesca, ainda de forma sazonal. Esses primeiros ocupantes não construíram habitações, permanecendo na costa apenas durante a companha, para regressar à terra de origem no inverno, quando a violência do mar impossibilitava a pesca em segurança.

A fixação da população começou a fazer-se por volta do ano de 1776 (o concelho foi criado apenas em 1899, por desmembramento de Santa Maria da Feira), quando surgiram as primeiras habitações (os palheiros), feitas em madeira com os telhados revestidos com terra. A transição da madeira para a pedra ocorreu lenta e gradualmente e passou por uma fase intermédia, em que os palheiros, ainda de madeira, ostentavam uma fachada principal em pedra e cal.

Mais tarde, muitas destas habitações seriam adquiridas e transformadas, por famílias de posses, dando origem à colónia balnear de Espinho. Em menos de meio século, Espinho iria tornar-se numa das zonas de eleição do Norte de Portugal.

A devoção religiosa das pessoas da região levou à edificação, ao longo dos séculos, de diversos monumentos espalhados pela cidade e arredores. A Igreja Matriz dedicada a N.ª Senhora da Ajuda é exemplo disso; construída em 1930 segundo projeto do arquiteto Adães Bermudes, tem sabor revivalista, que procura conciliar com as necessidades contemporâneas.

Hoje Espinho é uma cidade moderna, com importante atividade turística, acolhendo ao longo do ano milhares de visitantes nacionais e estrangeiros. Para isso foi importante o fator clima (baixa amplitude térmica: 23º C no Verão e 12ºC no Inverno) e os atrativos naturais e culturais (praia, paisagem, património, espetáculos, etc.), mas também a fácil acessibilidade (por via férrea e rodoviária), a proximidade do Porto e do Aeroporto Francisco Sá Carneiro e a circunstância de se ter tornado numa concorrida zona de jogo.

Espinho é uma cidade conhecida pela sua feira centenária, gastronomia, potencial nas áreas do turismo e lazer, e pelo seu Casino.

 

 

De Espinho viva!

Sardinha do nosso mar…

Vivinha a saltar!

Ó que rica para assar…

 

 

Arte Xávega

A arte de arrastar, Xávega ou Xávena, utiliza-se nesta praia na pesca da sardinha. A rede é constituída por um saco de malha mais fina onde se aprisiona o peixe.

Este saco é formado por painéis com oito muros separados. As partes laterais da rede a que se chamam mangas, são constituídas por cinco peças cada uma.

Todo o conjunto é contornado por pequenos pedaços chamados chumbadas e pequenas bóias de cortiça que sustentam a rede à flor da água, denominadas por pandas.

Numa das extremidades do saco, prende-se também um flutuador, muitas vezes em forma de pipo. As mangas têm por continuidade cordas de 25 a 30 metros.

O barco entra no mar, deixando ficar em terra uma ponta de cabo e quando estiver a 3 ou 4 km da costa, é lançada a rede. Depois desta operação os pescadores voltam para terra, trazendo o cabo de mão da barca.

Juntam os cabos nas cordas e puxam com juntas de bois, assemelhando-se a trabalho agrícola, se der azo à imaginação.

Ao chegar a rede a terra, o peixe é separado e disposto em pequenos lotes para ser leiloado, normalmente acompanhado do praguejar inofensivo das nossas vareiras.

Este espetáculo pitoresco da venda do peixe, é feito a lanços e de tal maneira apressado, que só o leiloeiro e as vareiras o entendem.

Saem então para a rua as nossas mulheres, percorrendo a cidade de canastra à cabeça e andar elegante, apregoando com cantoria.

 

 

FICHA TÉCNICA

NOME: Love Love Espinho Geocoin

DATA: 2015

VERSÕES: Silver e Gold

FORMATO: Circular

TAMANHO:  44 mm

QUANTIDADES: Silver (350), Gold(150)

DESENHO: Telmo Freitas/ 100Espinhos

PRODUÇÃO: Geocoinshop.de

MENTOR: Telmo Freitas/ 100Espinhos

ICON PRÓPRIO: sim

 

Love Love Espinho Geocoin - Gold

 

Love Love Espinho Geocoin - Silver

 

 

Cidade de Aveiro

Aveiro é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Aveiro, situada na Região Centro, sub-região do Baixo Vouga, com cerca de 60 000 habitantes no seu perímetro urbano. O perímetro urbano é constituído pelas freguesias de Glória (Aveiro) e Vera Cruz (a área original da cidade), estendendo-se ainda para Aradas, Cacia, Esgueira, São Bernardo e Santa Joana.

Fica situada a cerca de 55 km a noroeste de Coimbra e a cerca de 70 km a sul do Porto, sendo a principal cidade da sub-região do Baixo Vouga e a segunda cidade da região Centro, a seguir a Coimbra.

É sede de um município com 78 450 habitantes (2011) e 197,58 km² de área, subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Murtosa (seja através da Ria de Aveiro, seja por terra), a nordeste por Albergaria-a-Velha, a leste por Águeda, a sul por Oliveira do Bairro, a sudeste por Vagos e por Ílhavo (sendo os limites com este último concelho também feitos por terra e através da ria), e com uma faixa relativamente estreita de litoral no Oceano Atlântico, a oeste, através da freguesia de São Jacinto. É um importante centro urbano, portuário, ferroviário, universitário e turístico.

 

História

Em finais do século XVI, princípios do século XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto (veja Porto de Aveiro) e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filipina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.

Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, em 1547, por D. João III. Por essa razão, e a pedido de algumas pessoas notáveis da cidade, à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro, por Alvará Real de 11 de Abril de 1759. Com a queda do poder do Marquês de Pombal, após D. Maria I se tornar rainha em 1777, logo esta mandou voltar a cidade à sua anterior designação.

Foi feita Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 29 de Março de 1919 e Membro-Honorário da Ordem da Liberdade a 23 de Março de 1998.[6] Aveiro foi um dos principais portos envolvidos na pesca do bacalhau durante o período ditatorial.

Moliceiro

Moliceiro é o nome dado aos barcos que circulam na Ria de Aveiro, região lagunar do Rio Vouga. Esta embarcação era originalmente utilizada para a apanha do moliço, mas atualmente mais usados para fins turísticos.

É um dos ex-libris de Aveiro, em conjunto com os Ovos Moles e a Universidade de Aveiro. De entre os barcos típicos da região, o moliceiro é considerado o mais elegante; apesar da decoração colorida e humorística, é um barco de trabalho para a apanha do moliço, o qual era a principal fonte de adubagem nas terras agrícolas de Aveiro.

São barcos de borda baixa para facilitar o carregamento do moliço. Os moliceiros têm uma proa e uma ré muito elegantes que normalmente estão decorados com pinturas que ridicularizam situações do dia a dia. O comprimento total é cerca de 15 metros, a largura de boca 2,50 metros. Navega em pouca altura de água. O castelo da proa é coberto. Como meios de propulsão usa uma vela, a vara e a sirga. A sirga é um cabo que se utiliza na passagem dos canais mais estreitos ou junto às margens, quando navega contra a corrente ou contra o vento. É construído em madeira de pinheiro.

 

FICHA TÉCNICA

NOME: Love Love Aveiro Geocoin

DATA: 2015

VERSÕES: Silver, Gold, Nickel e Xisto

FORMATO: Quadrado

TAMANHO: 44x44 mm

QUANTIDADES: Silver (125), Gold(100), Nickel (75) e Xisto (30)

DESENHO: Carlos Tavares/100Espinhos

PRODUÇÃO: Geocoinshop.de

MENTOR: Carlos Tavares/100Espinhos

ICON PRÓPRIO: sim

 

Love Love Aveiro Geocoin - Gold

 

Love Love Aveiro Geocoin - Silver

 

Love Love Aveiro Geocoin - Nickel

 

Love Love Aveiro Geocoin - Xisto

 

 

Monday, 02 November 2015 09:00

Colecionador #004: Luís Filipe Machado

GEOCOIN ID

Nome: Luís Filipe Machado

Localidade: Ponta Delgada, São Miguel - Açores

Nickname: PALHOCOSMACHADO

Owned Trackables: 301 

 

 

"... O geocacher Luís Filipe Machado (a.k.a. elemento do “clã dos Palhocosmachado”) para quem não sabe foi meu professor na Universidade dos Açores na disciplina de “ciências ocultas” como ele, em jeito de brincadeira e carinhosamente, se refere à Matemática. Nesta altura não tive a oportunidade de o conhecer melhor uma vez que eu era um em mais de uma centena de alunos.
Quase vinte anos mais tarde verifiquei que o meu prof. de Álgebra Linear e Geometria Analítica Luís Machado tinha iniciado a atividade de geocaching através dos logs em caches e de algumas “asneiras” que todos inadvertidamente cometemos no início desta atividade.
Surgiu mais tarde uma oportunidade de encontrarmos uma cache em conjunto e foi nessa altura que iniciou a nossa amizade.
No panorama do geocaching regional é, na minha opinião pessoal, uma figura incontornável. Um dos geocachers que tem mais caches encontradas no arquipélago, conhecido por toda a comunidade e também o orgulhoso co-proprietário (com os elementos da sua team) da segunda maior coleção de geocoins do Arquipélago dos Açores.
É, sem sombra de dúvida, um dos maiores promotores deste seu “hobbie” e acima de tudo da terra que ama e que o viu nascer e crescer. Conseguiu em pouco tempo impulsionar esta atividade na região através da comunicação social e dos mais diversificados eventos que realiza com uma criatividade, organização e qualidade que já nos habituou.
O Luís é o principal mentor do projeto da GeoTour Ilha Verde a primeira geotour de Portugal (e arredores) e “padrinho” da sua geocoin. Ele acreditou que este projeto seria exequível desde a primeira hora apesar de alguns (mea culpa) terem sérias dúvidas que alguma vez seria possível face ao número de obstáculos a ultrapassar.
Agora no Geocaching onde se sente como peixe na água mas anteriormente no Escutismo e num Rancho de Romeiros, o Luís entrega-se de alma e coração com uma dedicação e entrega admiráveis a superar os seus limites de forma a cumprir os exigentes objetivos que traçou para si.
É uma pessoa que adora um bom desafio, altamente motivada, determinada, dinâmica, organizada com defeitos e virtudes, como todos nós, mas acima de tudo um grande amigo do seu amigo.
A título pessoal posso dizer que tenho por ele uma grande admiração e consideração e é, para mim, um privilégio que ele pertença ao meu leque de amigos e companheiros destas aventuras inesquecíveis que o Geocaching nos proporciona..."
Pedro Almeida (pedro.b.almeida)
 

 

Olá Luís! Bem-vindo ao Museu das Geocoins. Luís, começo por pedir-te uma apresentação da equipa PALHOCOSMACHADO.

A team Palhocosmachado é uma team familiar constituída por mim (Luis Machado), pela minha mulher (Susana) e pelos nossos filhos: João Filipe e Ana Isabel.

Esta equipa foi criada em julho de 2013.

Como foi o teu primeiro contacto com o Geocaching, e que fatores foram determinantes para que continuasses como geocacher?

Tornamo-nos geocachers, por causa dos Escuteiros, pois durante o ano escutista de 2012/2013, recebemos insistentes pedidos e propostas de um dos nossos companheiros (escuteiros marítimos mais velhos), o Rafael Lima (aka Xaelito), para nos dedicarmos ao Geocaching e incluirmos este “Jogo de Aventuras” na organização das nossas atividades escutistas! E assim foi! Em junho de 2013, organizamos uma atividade para Lobitos (escuteiros mais novos), em que toda a mística e planeamento giravam em torno do Geocaching. A atividade foi um sucesso. No mês seguinte (julho de 2013), começamos a “procurar” umas caixas… e efetuamos o nosso registo. Durante as férias de verão, passadas em família (na zona das Furnas, em São Miguel) encontramos muitas caixas e… Bom! Ficamos “agarrados”! No final de agosto de 2013, já estávamos a “colocar” caixas e já éramos membros “Premium”.

Depois de passada a “primeira euforia”, continuamos, cada vez mais, envolvidos nesta “atividade”, pois pensamos que é uma atividade bastante completa, que nos leva a “desenvolver” exercício físico (coisa, que bem precisava!), a conhecer novos locais e a “ultrapassar” os nossos limites, físicos e mentais.

Como é ser geocacher na ilha de São Miguel? Do ponto de vista da prática do geocaching, qual é o teu balanço pessoal sobre este aspeto?

Julgo que ser geocacher em São Miguel, é igual a todos os outros locais.

Bem! Igual, não! As caixas “acabam” mais cedo, devido à limitação física territorial. Pois é; vivemos numa ilha! Neste momento a ilha de São Miguel, tem perto de mil caixas (e parte deste número é “culpa” nossa…) e já só nos falta “encontrar” 6 caixas. Assim para “fazer” mais caixas… é preciso sair; sair da ilha! Por outro lado, este facto, leva-nos a apreciar mais uma caixa, quando alguma é publicada. Depois de passada a “febre” de encontrar caixas, temos mais tempo para nos dedicarmos a outros projetos de Geocaching, quer seja: à construção de novas caixas, à organização de eventos “de qualidade”, a dedicarmo-nos à construção de GeoTour’s, etc…

 

Sei que tens uma preferência pelas Earthcaches. Quais são os critérios que levas em conta quando escolhes o local para a earthcache?

Quando fico deslumbrado, do ponto de vista geológico, com um local…, bom… Se ali não há uma earthcache…, vai passar a haver!

Eu não escolho um lugar para uma earthcache! Os “lugares” é que levam a construir uma EC.

Se por um lado gosto muito de Geologia e Vulcanismo, por outro tenha-se em conta que as ilhas açorianas são um “viveiro” para as earthcaches. Tenho o privilégio de ser amigo pessoal do maior vulcanólogo português (Professor Victor Hugo Forjaz) e com a equipa dele, desenvolvemos muitos projetos ligados às earthcaches. Mais tarde e por causa da construção de muitas EC’s (neste momento mais de 40), acabei por “fazer” mais um amigo – o Daniel Oliveira, revisor Ibérico das earthcaches.

 

Reparei igualmente que tens 95 caches tradicionais. Neste tipo de caches a vertente “localização” é sempre privilegiada, ou também investes na criação de containers mais elaborados?

Na minha opinião uma caixa boa dever ter: um bom local ou um bom container ou levar o geocacher a participar numa “grande aventura”. Assim, tentamos sempre que, qualquer caixa que construímos, tenha um destes pontos em especial. Para nós o mais importante, numa caixa tradicional é o local (o mesmo se passa para as earthcaches!). Quando queremos privilegiar a aventura ou container, geralmente escolhemos uma caixa do tipo multi-cache, ou do tipo enigma ou ainda uma letterbox híbrida. Julgamos que cerca de dez das nossas caixas atuais têm containers “especiais”…

Já fizeste geocaching em todas as ilhas do Arquipélago dos Açores. Que diferenças encontras em cada uma das ilhas.

Gostei de fazer Geocaching em todas as ilhas açorianas. Todavia em algumas ilhas, como as Flores, São Jorge e o Pico, a aventura foi diferente; talvez também pela companhia. O Geocaching nas Flores é especial e isto apesar de não ter encontrado nenhum container excecional! Vale pelos locais!

Para nós, as caixas da Terceira e São Miguel são similares. Qualquer uma destas ilhas tem muitos containers especiais e muito trabalhados, bem como caixas de grande qualidade e que proporcionam grandes aventuras.

Participaste na criação do Geotour Ilha Verde. Fala-nos um pouco deste projeto.

Foi um projeto ambicioso que se revelou muito mais trabalhoso do que esperávamos! Houve até uma altura em que estivemos para desistir…

Tudo começou porque nós (e o Pedro Almeida) queríamos ter o “atributo geotour” no nosso perfil (e isto por causa da construção duma cache challenge…).

Todavia foi uma aposta ganha! Estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos e por termos sido os primeiros geocachers portugueses a construir um projeto deste tipo.

É um projeto que tem trazido muito mais turistas (geocachers) a São Miguel, o que é muito bom para a economia da ilha e dos Açores em geral. Já foram levantados cerca de trezentos passaportes e mais de 30 geocachers conseguiram, nestes quatro meses de vigência, completar a GeoTour Ilha Verde/Green Island, conseguindo alcançar os prémios disponíveis. Prevemos que muitos mais geocachers irão visitar a Ilha Verde, durante este ano, pois temos tido muitos contatos (até de lugares longínquos como a Austrália…) a indagar qual a melhor época para cá vir e a colocar dúvidas e questões.

Como recordação desta GeoTour ficou uma bonita geocoin (em três versões), relativa à ilha de São Miguel.

 

Sei que já existe um novo projeto no “forno”. O que nos podes adiantar relativamente ao projeto Geotour Açores.

Como a GeoTour Ilha Verde revelou-se um sucesso, o Governo Regional dos Açores (através da Direção Regional do Turismo), convidou-nos para criarmos a GeoTour Açores.

Desde agosto passado que estamos a desenvolver este projeto, que terá 150 caixas nas nove ilhas dos Açores. Já constituímos a equipa de trabalho, liderada por mim e pelo Pedro Almeida, e já temos quatro ilhas prontas…

Pensamos que a GeoTour Açores começará a funcionar em março de 2016, antes do início da próxima época turística.

Esta GeoTour funcionará de forma diferente da existente atualmente, nomeadamente não haverá selos nas caixas e o passaporte será disponibilizado, em formato pdf, no site da nova geotour. Por outro lado, os prémios serão alcançáveis de forma diferente…

 

Como descreverias a comunidade praticante de geocaching em São Miguel? Consegues estimar o número de geocachers actualmente activos na ilha.

A comunidade “geocacher” em São Miguel é uma comunidade forte, onde julgamos que estão ativos mais de 400 geocachers; alguns destes, mesmo muito ativos. Existem, nesta ilha, vários “grupos”.

 

Vamos falar sobre as tuas geocoins. Como nasceu a paixão pelas geocoins?

A nossa paixão pelas geocoins começou em outubro e novembro de 2013, aquando da deslocação de dois grupos de geocachers continentais a esta ilha do Arcanjo. O principal “culpado” da nossa coleção foi o amigo Paulo Peres (aka Paulo Hércules) que ao longo de alguns dias foi-nos oferecendo várias (e bonitas) geocoins, em particular da “coleção” de geocoins portuguesas. Depois fomos comprando, outras construímos e nestes dois anos, mais algumas foram, ainda, nos oferecidas.

Quando é que começaste a tua coleção? Lembras-te qual foi a tua primeira geocoin?

A nossa primeira geocoin foi a geocoin Portugal 2009 (com Luís de Camões), oferecida pelo Paulo.

 

Tens alguma geocoin especial. Qual é a "menina dos teus olhos" dentro da tua coleção?

Temos várias geocoins que consideramos especiais, como por exemplo: a geocoin da team “Palhocosmachado” (que teve uma edição muito limitada e que foi oferecida a amigos); a geocoin “Azores Challenge” (que comemora a primeira caixa challenge dos Açores e que envolve o Governo Regional dos Açores); a coleção das geocoins “GeoTour Ilha Verde” (as 3 versões); a coleção (incompleta, pois falta-nos uma…) das geocoins “Azores” (da Compass Rose Geocoins 2010 - projeto Rosa dos Ventos) e finalmente três TB’s que estão “agarrados” a três fósseis verdadeiros).

 

 

Quantas geocoins possuis atualmente?

Neste momento temos 301 trackables, dos quais 25 estão por ativar. Dos 276 ativados, 247 são geocoins e 29 são TB’s. Destes, 11 trackables estão a viajar, um dos quais é um geocoin (Sextante), que se mantém ativa há mais de dois anos.

 

Costumas activar todas as tuas geocoins ou existem alguns itens que mantens inactivos, estrategicamente?

Geralmente ativamos de imediato os nossos trackables. Todavia temos, nesta altura, 25 geocoins por ativar, relativos a 25 novas caches que estamos a construir.

 

Fisicamente, como organizas ou arrumas a tua coleção?

A nossa coleção está organizada da seguinte forma: as geocoins estão “arrumadas” em 3 malas (próprias para geocoins) e aí organizadas por temas (coleção de geocoins portuguesas, geocoins relativas aos Açores, geocoins escutistas, geocoins relativas ao espaço, geocoins marítimas, geocoins relativas a earthcaches, geocoins sobre Matemática, geocoins relativas a efemérides-marcos, etc…) em “bandejas”.

Os TB’s estão arrumados em sacos (pois alguns até são volumosos…).

 

Quais são os critérios que aplicas para adicionar geocoins à tua coleção?

Todos os trackables que pertencem à nossa coleção, ou nos foram oferecidos ou os adquirimos, pela sua beleza ou especificidade. Muitas geocoins foram adquiridas para celebrar uma milestone (por exemplo “2000 Founds”, “200 Hides”…) ou um “marco da team” (por exemplo: “200 FTF’s”; “1ª earthcache submarina de Portugal”, “1ª Challenge dos Açores”; “1ª GeoTour Ibérica”; caixas nomeadas; “120 eathcaches found”, etc…).

Uma caraterística da nossa coleção é que todas as caixas (e eventos) que “construímos” têm associada uma geocoin (comemorativa).

Portanto: quando construímos uma caixa nova… vai aparecer mais uma geocoin na nossa coleção (daí as 25 por ativar…).

 

Tens alguns temas favoritos?

Sim, temos vários temas favoritos, nomeadamente: geocoins portuguesas, geocoins escutistas, geocoins relativas a earthcaches, geocoins relativas a fósseis, geocoins “funcionais” e…, claro, tudo o que tiver a ver com estas Ilhas de Bruma – os Açores!

 

Qual foi a geocoin mais cara que adquiriste e o que é que motivou esse "investimento"?

Foram duas geocoins: a Geocoin “Graciosa – Açores” da coleção Azores da Compass Rose Geocoins e uma “Gema” vermelha, relativamente à qual tivemos que participar em vários leilões no Ebay e que só conseguimos adquirir ao fim de um ano…

 

Onde costumas adquirir as tuas geocoins?

A maior parte das minhas geocoins foram adquiridas à Geocoinshop, à Cache Boutique e no Ebay.

 

No Açores Geoadventure 2014 tiveste oportunidade de levar toda a tua coleção. Já a levaste a mais algum local?

A nossa coleção esteve ainda em Santa Maria (também na Geotour Açores 2014), na ilha Terceira (na Geotour 2015) e, parte da coleção, num evento de trackables que organizamos em Lisboa, em maio deste ano.

 

Se outros colecionadores de geocoins (ou não) quiserem ver a tua coleção poderão fazê-lo? Se sim, de que forma?

Os amigos geocachers que desejem ver e apreciar a nossa coleção são muito bem-vindos; é questão de contatarem e marcamos um encontro (geralmente tem de ser em São Miguel – Açores, pois a coleção já está um pouco “pesada” para viajar…).

Costumas falar com outros colecionadores de geocoins? Que ideias costumam trocar?

Falamos sobretudo dos itens que existem disponíveis, onde e como adquiri-los. Também analisamos a beleza e raridade de algumas geocoins.

 

Além de geocoins, fazes mais algum tipo de colecionismo?

Não! De momento, só colecionamos trackables, em particular geocoins.

 

De todas as geocoins que conheces ou que já tiveste oportunidade de apreciar, qual é o "item especial" que sonharias adicionar um dia à tua coleção?

Sem dúvida que a geocoin que nos falta para completar a coleção Azores da Compass Rose Geocoin 2010 (projeto a Rosa dos Ventos): a YemonYime  (versão de edição limitada não incluída na venda pública).

 

E para quem está tentado a entrar no mundo das geocoins, que concelho darias?

Cuidado! É uma coleção sem fim e um hobbie dispendioso. É gratificante, mas convém fixar/definir o que se vai colecionar…

 

Muito obrigado por tudo Luís! Um abraço.

Nós (a team), é que agradecemos. Votos de continuação de bom trabalho.

Thursday, 10 September 2015 14:42

Geocoin #004: Portugal 2013 Geocoin

Calçada Portuguesa

A calçada portuguesa ou mosaico português (ou ainda pedra portuguesa no Brasil) é o nome consagrado de um determinado tipo de revestimento de piso utilizado especialmente na pavimentação de passeios, de espaços públicos, e espaços privados, de uma forma geral. Este tipo de passeio é muito utilizado em países lusófonos.

A calçada portuguesa resulta do calcetamento com pedras de formato irregular, geralmente em calcário branco e negro, que podem ser usadas para formar padrões decorativos ou mosaicos pelo contraste entre as pedras de distintas cores. As cores mais tradicionais são o preto e o branco, embora sejam populares também o castanho e o vermelho, azul cinza e amarelo. Em certas regiões brasileiras, porém, é possível encontrar pedras em azul e verde. Em Portugal, os trabalhadores especializados na colocação deste tipo de calçada são denominados mestres calceteiros.

O facto de a rocha mais comum para estabelecer o contraste seja de cor negra, faz com que se confunda a rocha mais utilizada, o calcário negro, com basalto. De facto, existe calcário de várias cores. O basalto apenas é utilizado nas ilhas, onde é abundante, sendo aí os desenhos executados em calcário branco. Quando é basalto, distingue-se pelo maior mate e pela sua maior irregularidade no corte, pois este é muito mais rijo. Simplesmente não é possível executar com o martelo, os detalhes técnicos dos motivos elaborados presentes na calçada lisboeta.

A calçada à portuguesa, tal como o nome indica, é originária de Portugal, tendo surgido tal como a conhecemos em meados do século XIX. Esta é amplamente utilizada no calcetamento das áreas pedonais, em parques, praças, pátios, etc. No Brasil, este foi um dos mais populares materiais utilizados pelo paisagismo do século XIX, devido à sua flexibilidade de montagem e de composição plástica. A sua aplicação pode ser apreciada em projetos como o do Largo de São Sebastião, construído em Manaus no ano de 1901 e que inspirou o famoso calçadão da Praia de Copacabana (uma obra de Roberto Burle Marx) ou nos espaços da antiga Avenida Central, ambos no Rio de Janeiro.

 

História

Apesar de os pavimentos calcetados terem surgido no reino por volta de 1500, a calçada à portuguesa, tal como a entendemos hoje, foi iniciada em meados do séc. XIX. A chamada "calçada à portuguesa", em calcário branco e negro, caracteriza-se pela forma irregular de aplicação das pedras. Todavia, o tipo de aplicação mais utilizado hoje, desde meados do séc. XX, designado por "calçada portuguesa", é aplicado com cubos, e tem um enquadramento diagonal. Calçada À portuguesa, e calçada portuguesa são coisas distintas.

A calçada começou em Portugal de forma diferente da que hoje é, mais desordenada. São as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I de Portugal, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos Ferros). Nessa época, foi determinado que o material a utilizar deveria ser o granito da região do Porto, que, pelo transporte implicado, tornou a obra muito dispendiosa 2 . O objetivo seria que a Ganga, um rinoceronte branco, ricamente ornamentada, não sujasse de lama com o calcar das suas pesadas patas, o numeroso e longo cortejo, com figurantes aparatosamente engalanados com as novas riquezas e adornos vindas do oriente, que saía à rua em pleno inverno, aquando do seu aniversário a 21 de Janeiro. A comitiva ficava manifestamente suja, daí a decisão de calcetar as ruas do percurso como forma de dar resposta ao problema. Sendo a única vez no ano em que o rei se mostrava à população vem daí a expressão: "Quando o rei faz anos..."

O terramoto de 1755, a consequente destruição e reconstrução da cidade lisboeta, em moldes racionais mas de custos contidos, tornou a calçada algo improvável à época. Contudo, já no século seguinte, foi feita em Lisboa no ano de 1842, uma calçada calcária, muito mais próxima da que hoje mais conhecemos e continua a ser utilizada. O trabalho foi realizado por presidiários (chamados "grilhetas" na época), a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado nesse pavimento foi de um traçado simples (tipo zig-zag) mas, para a época, a obra foi de certa forma insólita, tendo motivado cronistas portugueses a escrever sobre o assunto. Em O Arco de Sant'Ana, romance de Almeida Garrett, também essa calçada na encosta do mesmo castelo seria referida, tal como em Cristalizações, poema de Cesário Verde.

Após este primeiro acontecimento, foram concedidas verbas a Eusébio Furtado para que os seus homens pavimentassem toda a área da Praça do Rossio, uma das zonas mais conhecidas e mais centrais de Lisboa, numa extensão de 8 712 m².

A calçada portuguesa rapidamente se espalhou por todo o país e pelas colónias, subjacente a um ideal de moda e de bom gosto, tendo-se apurado o sentido artístico, que foi aliado a um conceito de funcionalidade, originando autênticas obras-primas nas zonas pedonais. Daqui, bastou somente mais um passo, para que esta arte ultrapassasse fronteiras, sendo solicitados mestres calceteiros portugueses para executar e ensinar estes trabalhos no estrangeiro.

Em 1986, foi criada uma escola para calceteiros (a Escola de Calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa), situada na Quinta do Conde dos Arcos. Da autoria de Sérgio Stichini, em Dezembro de 2006, foi inaugurado também um monumento ao calceteiro, sito na Rua da Vitória (baixa Pombalina), entre as Rua da Prata e Rua dos Douradores.

 

 

FICHA TÉCNICA

NOME: Geocoin Portugal 2013

DATA: 2013

VERSÕES: Regular (RE) em Satin Silver (Preto e Branco) e Limitada (LE) em Black Nickel (4 cores)

FORMATO: não regular

TAMANHO: 6,5 cm x 2,76 cm com 3 mm de espessura

QUANTIDADES: RE: 320, LE: 80

DESENHO: Miguel Albom

CONCEÇÃO: Miguel Albom e Flora Cardoso

PRODUÇÃO: Geocoin Land

ICON PRÓPRIO: Sim

SUPERVISÃO: António Casimiro (acasim)

 

 

 

Page 3 of 6
Geocaching Authorized Developer

Powered by Geocaching HQ
Geocaching Cache Type Icons © Groundspeak, Inc.
DBA Geocaching HQ.
All rights reserved. Used with permission.

Connect

Newsletter